Saúde
Saiba como o corpo reage á dor e emoções negativas
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Estar apaixonado é bom, mas quando esse sentimento gera frustração é preciso atenção. A medicina se refere à decepção amorosa como a Síndrome do Coração Partido (SCP), pois os sentimentos vivenciados são similares aos de uma doença, dependendo do grau e intensidade que atinge determinada pessoa. A questão da não correspondência amorosa e da quebra do vínculo amoroso gera um desconforto muito grande para o cérebro.
Esse órgão, por sua vez, passa a liberar doses muito elevadas dos hormônios relacionados ao estresse, sendo estes hormônios que possuem maior relação com o desenvolvimento de doenças, principalmente as do coração. “No rompimento amoroso não é o coração que se parte e sim uma artéria que se rompe”, diz o pesquisador Monezi. “Nós temos exemplos de pessoas muitos jovens, na faixa dos vinte, trinta anos, que desenvolveram uma série de problemas cardiovasculares após uma decepção”, completa o especialista. É necessário ficar atento aos sintomas.
O impacto do sentimento na esfera social, emocional e psíquica pode ser muito forte. Contudo, é importante diferenciar a frustração de uma paixão e a frustração de um amor. A primeira é devastadora e requer maiores cuidados.
NA HORA DA DOR
Assim como o cérebro tem a função de controlar os hormônios do amor, um rompimento ativa as glândulas que liberam cortisol e adrenalina, ligados ao estresse. A pressão sanguínea aumenta. O córtex e a ínsula, envolvidos na sensação de dor, dispara mensagens por todo o corpo. O sistema imunológico passa a dar sinais de alerta, o apetite diminui, a pele pode apresentar alterações, e o cabelo também se ressente. Dependendo dos níveis de estresse, doenças podem se manifestar.
SENTIMENTOS DE ESTRESSE
As sensações decorrentes da perda de uma paixão, como os sentimentos ligados ao estresse, podem ser perigosas à medida que elas estão relacionadas a doenças como depressão e síndrome do pânico. “Pessoas que não aceitam a perda, por exemplo, podem ser alvo de casos em que a paixão vira crime, pois há decepção e frustração. Aqui, é necessário buscar ajuda médica e tratamento psicoterápico”, informa Hélio Castello, cardiologista e membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI-SP).
Já em uma frustração amorosa, na maioria das vezes, é possível encarar os fatos de forma mais madura e racional. Perda de peso, fobia social, transtorno de ansiedade e doenças psíquicas podem ser desenvolvidas devido a uma decepção. Segundo o cardiologista Castello, controlar os sintomas do problema pode não ser fácil. Entretanto, é necessário ter amor próprio, em primeiro lugar, para amar outra pessoa. “Busque sempre manter a lucidez, sem anular ou dominar um ou outro. Nem toda paixão dura para sempre, em alguns casos ela vira amor, em outros ela pode acabar e dar lugar a novas paixões”. Apesar desses revezes, os especialistas são unânimes – permitir-se vivenciar esses sentimentos é desejável e sinal de saúde – física e mental.
REAÇÕES ESPECÍFICAS
Mulheres apaixonadas: O hormônio de maior relação é a OCITOCIN A, relacionado ao prazer. Elas vivem as emoções de forma intensa, por questões fisiológicas.
Homens cheios de amor: O hormônio mais evidente é a Testosterona, relacionado ao prazer. Eles se tornam mais impulsivos e eufóricos.